Num almoço promovido na segunda-feira, dia 21, pela União das Associações de Comércio e Serviços de Lisboa, António Costa, sustentou que a recuperação de pessoas, empregos e empresas para Lisboa é absolutamente essencial para a revitalização do comércio de proximidade.
A par desta prioridade, sustentou que o comércio de proximidade fará mais sentido e desempenhará um papel determinante se Lisboa se transformar numa uma cidade de Bairros – tal como propõe a candidatura Unir Lisboa.
Perante várias dezenas de empresários e dirigentes da UACS, António Costa considerou que para atingir aquele objectivo há três orientações essenciais: uma cidade que acolha bem as suas crianças e que trate bem os seus velhos; uma cidade que tenha um bom modelo de governação e uma cidade com uma boa mobilidade.
A primeira prioridade é a da criação de uma rede de creches e escolas (a par da rede de transporte escolar) que permita tornar Lisboa «competitiva» do ponto de vista do ensino das suas escolas públicas. Um bom ensino público é um factor de fixação de novos habitantes, substituindo, inclusivamente, a despesa acrescida com a habitação na cidade, por menos despesa com a educação dos filhos.
A segunda prioridade é a criação de uma Cidade de Bairros, traduzindo isto na construção de um modelo de governação da cidade que traga mais participação e mais proximidade do cidadão. Só há boa decisão, se houver boa participação e só há boa participação se houver proximidade. A este propósito, António Costa sustenta que é necessário transferir muitas das competências que hoje estão atribuídas ao Município para as freguesias e deu como exemplo o tratamento do espaço público, do licenciamento de pequenas intervenções urbanísticas, da gestão de equipamentos colectivos ou do sistema de varredura e lavagem das ruas. Esta alteração estrutural do modelo de governação da cidade é essencial para devolver o «sentimento de pertença» das pessoas ao seu espaço urbano; das pessoas à sua cidade. Com ele se criará uma lógica de comunidade, com reflexos obviamente positivos na rede de comércio de proximidade, porquanto ele é o elemento agregador e humanizador do espaço urbano.
Por último, António Costa considera que o modelo de mobilidade da cidade é essencial para o futuro, não só para Lisboa, mas também para o futuro das condições climatéricas do país. O transporte que usa combustível fóssil está condenado a médio prazo. Não é sustentável o actual ritmo de emissões e, por isso, é necessário que as cidades se adaptem e promovam as alternativas necessárias. A principal alternativa é o transporte público, a par da disciplina do trânsito de modo a reduzir a utilização do automóvel e a criar melhores condições para os peões, sem que isso – acrescentou – seja entendido como uma rejeição do papel do automóvel na vida diária dos cidadãos.
in Unir Lisboa
A escolha do próximo dia 11 de Outubro é decisiva, tanto para a Câmara como para a Junta de Freguesia, pois só com uma Câmara apostada na descentralização de competências e numa Junta de Freguesia interessada em assumi-las, será possível concretizar o projecto de colocar mais próximo das pessoas o poder de decisão de pequenas intervenções, decisivas para a melhoria urbana. O PS assume este compromisso, tanto para a Câmara Municipal de Lisboa como na Junta de Freguesia dos Mártires.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
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